Em Fernando de Noronha

Em Fernando de Noronha
Morro Dois Irmãos, o mais famoso cartão-postal de Noronha. Um paraíso

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Das matérias da Revista de Verão - 1

Entre dezembro de 2004 e fevereiro de 2005 fui contratado pelo jornal Diário Catarinense, do Grupo RBS, para fazer um trabalho verdadeiramente difícil: andar pelas praias do Litoral de Santa Catarina fazendo matérias. Realmente, um trabalho que poucos gostariam de fazer. Mas eu encarei!

Uma das primeiras matérias que fiz foi no Ribeirão da Ilha, no Sul da Ilha de Santa Catarina. Lugar calmo, pouco conhecido, com boa parte do casario antigo preservado. Me chamou muito a atenção, tanto que, toda vez que vou a Floripa, procuro voltar lá.

Então, coloco uma matéria, com uma reprodução da página 7 da Revista de Verão do DC do dia 10 de janeiro de 2005 e algumas fotos minhas, que tirei depois. As fotos do jornal é do grande Ricardo Wolffenbüttel.


Convite ao sossego

A vida passa tranqüila no Ribeirão da Ilha. Pelas ruas da comunidade no Sul da Capital, colonizada por imigrantes açorianos que chegaram em Santa Catarina a partir de 1748, os moradores mantêm os costumes e a vida pacata de seus ancestrais. Não raro, o ribeironense cumprimenta os que passam, mesmo sem nunca ter visto antes.

Os pescadores,  em suas canoas esculpidas com o tronco da garapuvu, jogam e retiram a rede do mar com a mesma paciência e esperança que seus avós.  Muitas da casas ostentam a arquitetura dos primeiros imigrantes, com a fachada sem curvas e que avança até
o espaço que seria das calçadas. Conservadas, as residências são pintadas em diferentes tonalidades, resultando num emaranhado de cores ao longo da rua principal. Algumas ostentam no alto da fachada o ano em que foram construídas.

A igreja, dedicada à Nossa Senhora da Lapa, é de 1806. Não fossem dois alto-falantes em uma das torres, seria possível dizer que ela tinha se perdido no tempo, tamanha é a conservação das características originais, com janelas nas laterais bastante altas e as tradicionais telhas de barro. Na frente do templo, a tranqüila Praça Hermínio Silva é um convite ao sossego e à preguiça.

Um pouco da história da imigração açoriana também pode ser conhecida no Ecomuseu. Guias especializados orientam a visita e contam como eram a vida e os costumes dos primeiros colonizadores.



À sombra das amendoeiras

Beber uma cerveijnha embaixo dessas árvores é muito bom
A passagem pelo Ribeirão de Ilha não deve se limitar aos casarios antigos e ao museu. A praia calma, de areias grossas, cobertas de conchas, e o mar de águas claras também merecem ser apreciados e, mais do que isso, desfrutados.
À beira-mar, as sombras das amendoeiras, não por acaso chamadas de sombreiros pelos moradores, são refúgios para os que querem se refrescar.
O Ribeirão é famoso ainda por seus bares e restaurantes com pratos típicos e
com ostras. A comunidade é um grande produtor do molusco.
As artes chamam a atenção. Os turistas podem comprar objetos em palha, cerâmica e argila. As peças remetem ao folclore açoriano, como terno de reis, festa do Divino e boi-de-mamão.



Tão lindo quanto o pôr-do-sol do Guaíba




Casario antigo ainda é conservado















Olholhó.. Ixpia outras fotos do Ribeirão na minha galeria no Picasa, ixtepô

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