Em Fernando de Noronha

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Morro Dois Irmãos, o mais famoso cartão-postal de Noronha. Um paraíso

terça-feira, 3 de abril de 2012

Veneza segundo Arno Duarte Jr

Fazendo carinha na Praça San Marcos
Meu amigo Arno é uma daquelas pessoas difíceis de se agradar. Uma vez, indiquei o Farol de Santa Marta para uma viagem. Ele foi e, na volta, só reclamou (na verdade, ele ligou para reclamar). Xingou estrada, tempo, estrutura da praia, temperatura da água, textura da areia, cor do céu... Há algum tempo, ele foi a Veneza, uma das mais impressionantes cidades do mundo. Ele reclamou até da hospitalidade dos italianos que, para mim, foi nota 10. Ou ele é um azarado tremendo em se tratando de viagens ou é exagerado mesmo.  Tirando os exageros, de parte a parte, é um bom texto, que dá uma visão da cidade italiana. Bem, veja (ou leia) por você mesmo. 

Veneza e o aquecimento global

Quando cheguei em Veneza em outubro de 2008 esperava encontrar uma cidade romântica, com belos e limpos canais por onde navegariam lindas gôndolas. Tudo ilusão...

Foi a primeira cidade em que visitei na Itália, depois de passar por França, Áustria e Alemanha, países em que o tratamento e hospitalidade já não são dos melhores. Mas já na estação dos "vaporettis" (tipo uns ônibus aquáticos) vi que o diálogo com os nativos seria tenso. Prefiro dizer que eles são estúpidos, mas tem gente que classifica como "o jeito deles". Tudo bem, mas gosto mais de ver eles lá e eu aqui, no outro lado do mundo, bem distante.

Bom, peguei o tal barco, também chamado de waterbus. Além de caro, ele não é nada confortável em dia de chuva, e imagino que seja pouca coisa melhor em dia de sol. Gente saindo por todos os lados e eu dentro da balsa, sendo jogado de um lado ao outro. Lembrem-se que estou cheios de malas, pois recém cheguei na cidade!

Ao descer na "parada" fluvial perto do hotel, atravessei uma ponte cheia de escadas, com as duas malas gigantes. Eu ainda teria que fazer todo este trajeto para ir embora, dois dias depois.

De dia, a cidade não parece muito bonita. Muita gente, pouco espaco, casas e edifícios muito velhos e sem nenhuma conservação.

Vista noturna de um dos tantos canais
À noite tudo muda. 
A cidade é extremamente fotogênica, acredite. Consegui fazer umas fotos muito legais na praça San Marcos, sobre a ponte das malditas escadas e em outros lugares. Foi isso que salvou minha parada em Veneza.



Destaque também para a própria Praça San Marcos, que é muito bonita e agradável de se passear à noite. Lembro que foi lá que gravaram algumas cenas do Indiana Jones e a Última Cruzada, filme a que eu assisti quando voltei ao Brasil pra relembrar a passagem por Veneza.

Até o Arno gostou desta paisagem

Enquanto estive por lá, desejei muitas vezes a chegada triunfante do aquecimento global para afundar a cidade do mapa.

Seu pedido é uma ordem

E não é que Veneza afundou mesmo? Caraca! Em Dezembro de 2008, alguns meses depois de eu deixar a cidade, os jornais do mundo inteiro noticiavam que o Mar Adriático tinha subido, e que Veneza estava debaixo d'água, mais do que o normal claro.

Bom, numa situação dessas eu pagaria € 6,50  pela passagem do waterbus sem reclamar da superlotação.


A água tomou conta das ruelas...

...invadiu as praças...
...tomou conta de tudo...

...mas não destruiu Veneza

Arno Duarte é jornalista e cigano. Já morou em Gravataí, Canoas, Santa Maria, Porto Alegre, São Paulo e, atualmente, em Atlanta nos EUA (por enquanto). Veraneia de vez em quando na Barra da Lagoa, Maceió, Copacabana e Rei do Peixe, no Brasil, e San Diego e Tampa, nos EUA. Nas férias de julho visita a Europa, a cada três anos.

Não o siga, ele está perdido: http://www.facebook.com/arnoduarte

2 comentários:

  1. Apesar do prefacio ter detonado minha reputacao, agradeco ao Djalma pela oportunidade de compartilhar minhas experiencias e percepcoes de viagens nesse tao prestigiado espaco virtual. Um abraco macanudo.

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  2. Bueno, o Arno confirmou minha teoria sobre o local, não fará parte do meu roteiro, eu sempre achei que viver em praia é algo difícil, imagina viver em cima dela, tchê?
    Bueno, só tenho a agredeçer o serviço. Sucesso no blogs Djalmané e Boa sorte na próxima Arno.

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